Qual desses filmes você gostaria de ter em um Diálogos com o Cinema?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Festival do Rio no Ponto Cine




A partir do dia 28 de setembro o Ponto Cine recebe mais uma edição do Festival o Rio. Pela quarta vez o Ponto Cine é a única sala de exibição fora do eixo Centro-Zona Sul a receber o Festival, e nesse ano recebe mais uma seleção de filmes especiais da programação de um dos mais importantes Festivais da América Latina.

Dia 28/09:
14:00 - 180°
16:00 - Gretchen

Dia 29/09:
14:00 - Cortina de Fumaça
16:00 - Nélida Piñon

Dia 30/09:
14:00-Agreste
16:00- Mário O Criador de Multidões

Dia 01/09:
14:00 -No Meio do Rio, Entre Árvores
16:00 - Paranã - Puca
20:00 - Luz nas Trevas

Dia 02/09:
14:00 - A Terra da Lua Partida
16:00 - Aqui Doido Varrido
20:00 - Complexo: O Universo Paralelo

Dia 03/09:
14:00 - Camponeses do Araguaia
16:00 - Esperando Telê
20:00 - Escravos dos Santos

Dia 05/09:
14:00 - Porta a Porta
16:00 - Filhos de João
20:00 - Estrada

Dia 06/09:
14:00 - Arquitetos do Poder
16:00 - Elza
20:00 - O Galinha Preta

Dia 07/09:
14:00 - Os Representantes
16:00 - Intrépida Trupe
20:00 - Lixo Extraordinário



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos" no Diálogos com o Cinema




Olá Pessoal

No próximo dia 01 de setembro, às 19:00h promoveremos no Ponto Cine o Diálogos com o Cinema com o filme 5xFavela, Agora por nós mesmos.

O filme é produzido pelo renomado diretor Cacá Diegues, que reuniu o trabalho de sete jovens diretores que conduzem os espectadores a vida e realidade de uma favela. Através de cinco histórias , os jovens mostram com seu olhares a verdadeira periferia, a verdadeira favela.

“Atores novatos e veteranos injetam riso, dor e verdade a um painel da vida em periferia”- Rodrigo Fonseca , do Jornal O Globo

"Cacá conseguiu fazer aqueles jovens das favelas que não tinham nenhum interesse em cinema, enxergarem um futuro, perceber uma chance, acreditar que era possível existir.” – Celso Athayde, da CUFA

No Ponto Cine, você terá a oportunidade de conversar com esses jovens diretores, e com os produtores Renata Magalhães e Cacá Diegues, um dos diretores da primeira versão do filme. Basta entrar em contato com a nossa equipe no telefone: 3106-9995, ou enviar seu nome completo e contato para o e-mail convite@pontocine.com.br .

Esperamos Você !

Ser Mãe ...




No Ponto Cine, um dos nossos maiores objetivos é atingir as pessoas e usamos o cinema como uma ferramenta para essa meta. E novamente as pessoas saíram do cinema, com a possibilidade de mudança e transformação, mudança de seu valores e transformação dos seus pensamentos.

No último sábado, dia 21/08, o Ponto Cine promoveu o Diálogos com o Cinema com uma exibição muito especial do documentário “Luto como Mãe”, com a participação do jovem diretor Luiz Carlos Nascimento, da advogada da ONG Justiça Global, Renata Lira e das mães Elizabeth Paulino e Siley Muniz, do caso da Chacina do Via Show. As mães moram em Guadalupe e durante a sessão várias pessoas surgiram como conhecidas das quatro jovens vítimas da chacina, que aconteceu em 2003.

Com o início do debate, Luiz Carlos Nascimento experimentou a sensação de, pela segunda vez consecutiva, presenciar uma sessão lotada no Ponto Cine, e não hesitou em parabenizar aos organizadores pela criação de um espaço de tanta qualidade na Zona Norte do Rio, que agora está servindo de modelo para a criação de novas salas de cinema pela região.

Ao ser concluído com a música “Pedaço de Mim” de Chico Buarque, o filme causou certo impacto nos visitantes daquele sábado, e Elizabeth Paulino disse que pior que assistir à um filme como esse, é viver uma situação como a de Siley e dela, Siley por sua vez, muito emocionada não conseguiu conter as lágrimas.

O público quis saber de Luís Carlos o quanto a criação de “Luto Como Mãe” pode lhe fazer crescer como ser humano, e Luís disse já trabalhar com esse tipo de questionamentos sociais, onde os mais atingidos são jovens negros de comunidades mais carentes, vítimas do agonizante erro do sistema.

O Professor Paulo Assis, frequentador assíduo do Ponto Cine, disse ter se sentido incomodado pelo filme, e Elizabeth acha que muitas pessoas preferem ver o que acham bonito e agradável, e esquecem que a vida também é feita de passagens difíceis, mas necessárias, que devem ser apresentadas para a sociedade, como a proposta pelo filme, onde qualquer mãe está exposta à passar uma situação com a delas. Siley encontrou suas forças no que pode fazer pela outras pessoas, como em um certo Natal que na sua porta uma mãe pedia a sua força, já que tinha acabado de perder sua filha. Para Siley a despedida de seu filho foi o ponto de partida para que pudesse se aproximar dos amigos do jovem e se dedicar à eles, “Agora sou mãe várias vezes”.

A advogada Renata Lira, acompanha casos como esses há um bom tempo, e com coragem enfrenta as formas de negligência causadas pelo poder do Estado, destacando principalmente a visibilidade pública de crimes desse tipo, que disputam o espaço com a geléias televisivas e a incrível comoção de crimes na zona sul da cidade. A advogada não nega que ao certo não consegue nem ao menos ter o número de chacinas como a do Via Show, da Baixada, em 2005 ou a de Acari em 1990.

Para Elizabeth e Siley ser mãe é persistir, é estar na pele de outras mães, é também sentir saudades, mas principalmente, ser mãe é lutar pelo bem, pela justiça e dedicar sua vida para seu filho, estando ele fisicamente ao seu lado ou não. “Dizem que a maior dor do mundo é a do parto, mas não, a maior dor do mundo é a de perder um filho” diz Elizabeth.

Postado por Wallace Rocha

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma Noite no Ponto Cine

A música é considerada a voz da alma e quando ela se encontra com o cinema as pessoas sentem o quanto ela é tão importante. Na última segunda-feira, dia 02 de agosto, o Ponto Cine recebeu o diretor do documentário “Uma Noite em 67”, Renato Terra, para um debate sobre seu primeiro filme.

O Filme é um documento sobre a noite final do III Festival de Música Popular Brasileira, que acontecia no Teatro Paramount e era realizado e exibido pela TV Record nos anos 60. E o Ponto Cine tinha com Renato Terra sua noite especial.

Até a chegada ao Ponto Cine o diretor do documentário matinha sua curiosidade em relação ao cinema . Logo, não se conteve: ao chegar, foi conhecer de perto a primeira sala de cinema digital popular do país, e depois da exibição do documentário, o bate-papo começou em grande estilo.

Thiago Sales, produtor do Diálogos com o Cinema, leu um artigo escrito pelo cantor Sérgio Ricardo, um dos personagens do documentário, para o Segundo Caderno do Jornal O Globo do dia 30/07, antes do início do debate e Renato Terra acabou se emocionando com a homenagem, e nesse clima as perguntas do público, que durante a sessão entoava as canções do filme, surgiam para que logo depois o diretor pudesse responde-las.

O encontro, formado por várias gerações abria espaço para o Sr. Jorge Saraiva, ex-morador de Guadalupe que agora vive em São Paulo, parabenizar o diretor pelo documentário e a equipe do Ponto Cine pelo trabalho realizado com o Diálogos com Cinema. Sr. Jorge disse ter se emocionado e se reconhecido com as músicas do filme e além dele, o jovem Jornalista e fã de boa música, Marcos Xii não deixou de lado a oportunidade de falar o que pensa, queria saber de Renato Terra o porquê do “desaparecimento” de movimentos de música popular de qualidade, visto que várias iniciativas nesse sentido são realizadas, e Renato não hesitou em dizer que os artistas se tornaram, em certo tom, individualistas ao ponto de não conseguirem formar grupos de criação, mas que mesmo assim não teria uma resposta segura para lhe passar no momento.

Entre as perguntas que surgiam, Dona Leila pegou o microfone, mas não para perguntar e sim para cantar a música “Zelão” de Sérgio Ricardo, e Renato Terra percebeu que aqui no Ponto Cine usamos o cinema para que possamos atingir nosso maior foco: as pessoas. Renato disse ter passado por vários debates mas que sem dúvidas no Ponto Cine tinha vivido o melhor.



(Postado por Wallace Rocha, colaborador do Ponto Cine)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DIÁLOGOS COM O CINEMA

Nesse sábado, dia 24 de Julho, às 10 horas, o Ponto Cine realiza mais um diálogos com o Cinema, com o incrível documentário DZI CROQUETTES!!
Quem vem para debater é o ator Bayard Tonelli, Dzi da formação original do grupo!!
A entrada é gratuita e esse é o primeiro evento depois dos quinze dias de recesso para manutenção.

O documentário conta a trajetória do grupo teatral que nasceu nos anos 70 e que se tornou símbolo da contracultura so confrontar a ditadura usando ironia, inteligência, arte e irreverência.

Você vai assistir um documentário maravilhoso, participar de um debate e conferir o resultado da reforma!

Para se inscrever mande um e-mail para convite@pontocine.com.br, ligue 3106-9995, mande uma DM pelo Twitter, depoimento por orkut, mensagem pelo Facebook ou vá até a bilheteria do cinema. O que não pode é você ficar de fora!

Ponto Cine, o cinema que respira novos ares.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Projeto Rede Limpa de Exibição no Festival CineSul

O projeto Rede Limpa de Exibição recebe nessa semana o maior Festival Ibero-Americano de Cinema do mundo, o CineSul. E os núcleos de exibição que participam do projeto exibem os filmes de cinco mostras (CineSul- Ambiental, CineSul-Bossas Musicais, CineSul-Futebol Latino, CineSul-Animado,CineSul-Palcos e Telas )do Festival até o dia 25 de junho nas cidades de:

Aperibé

Carmo

Rio Bonito

Rio das Flores

A programação do festival nos núcleos segue no link do site oficial do Festival:

http://www.cinesul.com.br/site_2010/espacos_exibicao.shtml

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Niterói não quer cinema!!!

O Brasil possui 5.565 municípios e, arredondando, somente em 440 (8%) existem salas de exibição. São, aproximadamente, 2.160 salas para 190 milhões de brasileiros e, em termos de pontos de cinema, a coisa é pior, são apenas 815.
A título de comparação, no país existem mais de 60 mil pontos de farmácias. Costumo dizer que se tivéssemos mais cinemas, provavelmente teríamos menos fasrmácias. Cinema é sinônimo de qualidade de vida, pelo menos deveria sert tratado assim.
O porquê desse relato: os 4 anos de Ponto Cine. Um projeto vitorioso que pode ser uma alternativa a esse cenário, que, ainda por cima, insiste em manter os filmes brasileiros como estrangeiros no nosso país.
O Ponto Cine é a Primeira Sala Popular de Cinema Digital do Brasil. É a maior exibidora de filmes brasileiros em todo o território nacional, em número de títulos, de sessões e de permanência em cartaz.
Foi premiada pela Agência Nacional de Cinema em 2007, 2008 e 2009, com o Prêmio Adicional de Renda. Ano passado recebeu também o PAR instituído pela Secretaria de Estado de Cultura e o "Faz Diferença", do Jornal O Globo, pelos serviços prestados de formação e democratização do acesso ao cinema brasileiro, em 2008. Hoje, proporcionalmente, tem a maior taxa de ocupação dos cinemas.
Porém, mais que isso, o Ponto Cine mexeu com a autoestima dos moradores de Guadalupe, subúrbio do Rio. O bairro saltou das páginas policiais para os Cadernos de Cultura dos mais importantes Jornais, Revistas e TVs. O Ponto Cine provocou uma revitalização urbana no seu entorno e virou moda no comércio local, não é difícil ver um Ponto X-Lanche, Ponto Pet, Ponto Saúde e outros.
Como modelo de negócio, o Ponto Cine conjuga o comercial e o social. O primeiro cria condições para bancar o segundo.O segundo, o social, é condição primordial para a sustentação futura do primeiro, o comercial, pois trata, especialmente, da formação de plateia. Resumindo: assim como uma padaria não vende somente pão, este, em muitos casos, é o mínimo, o Ponto Cine não vende só ingressos e, sim, bilhetes, pipoca e ideias (projetos), principalmente aquelas que influenciam na qualidade de vida.
Em Niterói existem apenas 3.275 poltronas de cinema para quase meio milhão de habitantes. Mais precisamente um assento para cada grupo de 146 niteroienses, o equivalente a 4,5 turmas de escolas para cada lugar. Comparada com o restante do Brasil pode até se considerar uma cidade privilegiada. Porém, sofre do mesmo oligopólio promovido pelas distribuidoras americanas: em Niterói o filme brasileiro também é tratado como estrangeiro, não tem espaço em suas telas.
O que fazer para mudar isso? - Um Ponto Cine. Aliás, não é falta de vontade e empenho, inclusive iniciamos uma empreitada na antiga Estação dos Bondes, hoje Espaço Cultural Antônio Callado. Lá existem duas salas semi-prontas, só esperando acabamento. Espaço para cinema, livraria, biblioteca e café, mas a negociação entre o Supermercado Guanabara e o Ponto Cine foi interrompida. Havia um terceiro nessa relação, uma espécie de vilão, que pôs tudo por água a baixo.
Mas para nós esse filme não acabou, está só arrastado, esperando uma virada. As salas estão lá, intocáveis. O coração endurecido dos proprietários do espaço não amolece. Contra nós disparam aluguéis estratosféricos. Está na hora de entrar um novo personagem nessa história: a Prefeitura, a Ancine, o BNDES ou a população.
Não há cenas dos próximos capítulos. Enquanto o Brasil clama por salas de cinema, Niterói está dispensando duas.

Adailton Medeiros

Artigo publicado domingo, 30/05, na Revista do Jornal O Fluminense, na coluna Espaço Aberto (http://jornal.ofluminense.com.br/coluna/espaco-aberto) sob o título "Arroz, Feijão e Cinema".
Queremos reverter esse quadro e contamos com a sua ajuda. Envie sua opinião, seu protesto, sua solidariedade a nossa iniciativa para os endereços: redacao@ofluminense.com.br; prefeitura@niteroi.rj.gov.br; contato@culturaniteroi.com.br; e também para o supermercado. Ainda há tempo. VIVA O CINEMA BRASILEIRO!